As Cartas com as Datas Importantes do semestre foram enviadas para seus e-mails e estão no Google Classroom.
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“Muito antes de ter uma galeria, a Acbeu já abria seu espaço para o artista que o solicitasse. Lembro-me de um longínquo fim de tarde incandescente, como elas costumavam ser aqui no verão, a emoção diante do primeiro vislumbre que tive com Mário Cravo [Júnior]. Na exuberante vitalidade das esculturas e numa série de desenhos que tinham capoeiristas como motivo, o artista revelava o modernismo do seu traço, ressaltando a força da temática baiana. Vivíamos o final dos anos 40; a sede da Acbeu ainda na Rua São Raimundo, sala comum, iluminação precária, mas Mário estava presente, impondo a sua linha na arte com o talento e a fluência que Deus lhe deu. A Acbeu exibia, pela primeira vez, o trabalho de um artista que rompia com a suavidade da pintura de antes da guerra – reflexo de uma vida mansa que se vive em Salvador até então – provocando o olhar dos soteropolitanos. Como Mário, Carlos Bastos e outros artistas mostraram suas obras na sede da São Raimundo.
(MATOS, 2003, p.14 apud MIDLEJ, 2014)
O ACERVO ACBEU
Em 1976, é inaugurada a Galeria Acbeu na sede da Associação Cultural Brasil-Estados Unidos no Corredor da Vitória. Ao longo dos anos, a galeria ACBEU vem se consolidando como um espaço expositivo aberto para artistas em início de carreia. Para expor na Galeria, os artistas concorrem em um edital de pautas, onde uma equipe de curadores e críticos de arte fazem a seleção. Através deste mecanismo de fomento às artes, a ACBEU, promove a produção artística local através do fomento a jovens talentos.
A Acbeu conta hoje com um acervo de obras com mais de 350 peças, que retratam a produção artística soteropolitana em diferentes momentos. No acervo temos Juarez Paraízo, Marepe, Vauluizo Bezerra, Emanoel Araujo, Almandrade, Caetano Dias, Calasans Neto, Carlos Bastos, Célia Mallet, dentre outros.